O blog, a partir de agora, contará com dicas de livros, escritores e demais artistas. Uma forma de sistematizar e apreender o conteúdo de minhas leituras. Uma maneira mais dinâmica de "estudar". Como pode observar, esse blog é bem mais voltado para mim do que pra você, leitor. Mas, se ainda assim, você achar que pode tirar algum proveito dele, sinta-se a vontade.
Começamos hoje falando do livro "As Mil e Uma Noites". De orgiem árabe, o título original da obra é "Alf laylah wa layla", e foi escrito há mais de 850 anos antes de Cristo. Seu autor, como já era de se esperar, é desconhecido. Mas o que nos prende a esta história milenar até hoje é, entre outros fatores, a sua capacidade de despertar a curiosidade. A narrativa nos apresenta a um sultão sanguinário, que não se limitava na hora de abusar de todo o poder que possuía. Numa maneira doentia de lidar com a traição da esposa, todas as noites ele elegia uma virgem para saciar seus apetites sexuais. Como se já não bastasse a barbárie deste ato, o sultão, do alto de sua arrogância, costumava mandar executar suas vítimas sempre que terminava de abusar delas. Até que surgiu Sherazade.
Sherazade era uma das odaliscas mais belas do palácio, mas sua beleza, talvez, não superasse a sua inteligência. Ao ser escolhida pelo sultão para passar a noite com ele, Sherazade começou a pensar numa forma de adiar a sua morte - ou de se livrar dela! E encontrou, na palavra, o amuleto de sua salvação. Ao se deparar com o sultão, mais do que procurar seduzi-lo com o corpo (como possivelmente fizeram as outras mulheres), ela enfeitiçou-o com o seu discurso. Começou a contar histórias. Tramas envolventes, eróticas, exóticas, que fascinavam e instigavam qualquer ouvinte a desejar saber cada vez mais. Os conflitos que Sherazade criou hipnotizaram o sultão de tal modo que ele passou a querê-la viva, na tentativa de manter acesa a chama que dava vida a todos aqueles personagens e aventuras.
"As Mil e uma Noites" é um clássico da literatura mundial. Seus inúmeros contos, narrados como sendo as histórias que Sherazade contava ao sultão, são originados do folclore indiano, persa e árabe.